Apresentado, Diego Torres fala em ‘obrigação de vencer’ no Guarani
Novo camisa 10 do Guarani, argentino ex-Vila Nova é apresentado como principal reforço para a Série C e projeta estreia já contra o Itabaiana

Campinas, SP, 10, (AFI) – Com a camisa 10 nas mãos e um semblante tranquilo, Diego Torres foi oficialmente apresentado como jogador do Guarani nesta segunda-feira. Aos 34 anos, o meia argentino chega ao Brinco de Ouro cercado de expectativa: contratado com o apoio de investidores e vínculo até o fim de 2026, ele assume o papel de protagonista de um time que, até aqui, patina na parte de baixo da tabela da Série C.
Durante a coletiva, Torres demonstrou consciência do cenário e não fugiu da responsabilidade. Pelo contrário, se disse motivado pela cobrança.
“Eu gosto dessa obrigação. Sei que a cobrança vai ser grande, mas estou preparado. É um clube gigante, com torcida apaixonada. Estou feliz por estar aqui e quero retribuir essa confiança.”
A missão é clara: liderar a reação de um Guarani que ocupa a 16ª posição e ainda não engrenou sob o comando de Marcelo Fernandes.
ESCOLHA E DESAFIO
Torres revelou que o Guarani já havia tentado sua contratação em outras ocasiões, mas só agora o projeto o convenceu — tanto pela tradição do clube quanto pelo momento decisivo da carreira.
“Eu tinha outras ofertas, mas quando meu empresário me falou da ligação do Guarani, eu disse que queria vir. Já tinham tentado antes. Agora aconteceu no momento certo. Vim para ajudar, para ser mais um, porque sozinho não vou conseguir nada.”
Com agens por Chapecoense, CRB, Novorizontino, Vitória e, mais recentemente, Vila Nova, o argentino soma cinco temporadas seguidas de Série B e tem no currículo o título da Série C de 2023 com o Amazonas. O histórico reforça a confiança da diretoria e da torcida, que enxergam nele o cérebro que faltava à equipe.
PERFIL TÉCNICO
Questionado sobre o estilo de jogo, Diego Torres fez questão de se apresentar à torcida.
“Sou um meia mais antigo. Gosto de jogar solto, centralizado, perto do atacante. Mas posso jogar pelas beiradas também, como fiz em outros clubes. Quero estar perto do gol para pifar ou finalizar.”
Mesmo recém-chegado, o meia está fisicamente apto. “Treinei até sexta no Vila, parei só sábado e domingo. Estou pronto, mas agora depende do treinador”, explicou. A expectativa é que ele seja relacionado já para o duelo decisivo contra o Itabaiana, no próximo domingo, no Brinco.
BASTIDORES DA CONTRATAÇÃO
A negociação por Diego Torres envolveu capítulos fora dos gramados. O salário, estimado em mais de R$ 100 mil mensais, só foi viabilizado após entrada de investidores interessados na futura SAF do Guarani — entre eles empresários ligados ao grupo Ninja Rondano. O vínculo, válido até dezembro de 2026, prevê cláusula de liberação caso o clube não conquiste o o e Torres receba propostas do exterior ou de divisões superiores após o Paulistão de 2026.
Ou seja: o camisa 10 chegou com tudo — inclusive com margem para sair, se os resultados não vierem.
NOVO CICLO?
Além de Torres, o Guarani apresentou recentemente outros seis reforços: Cicinho (lateral), Diogo Silva (goleiro), Vitinho (zagueiro), Kelvi (volante), Kauã Jesus e Bruno Santos (atacantes). É o movimento mais contundente da diretoria até aqui, na tentativa de virar a página em uma Série C que começou mal.
Com elenco reformulado, apoio externo e o 10 argentino assumindo o protagonismo, o Bugre lança suas cartas. E Diego, sem rodeios, assumiu o papel central nesse novo capítulo.
“Estou aqui para ajudar. Quero honrar essa camisa.”