Finalista da Liga Campineira Sub-20, Bryan já se considera “Cofa no sangue”

Atacante, treinador e referência da equipe, Bryan vive a expectativa de mais uma decisão, agora diante do Vila Boa Vista, no dia 8 de junho, às 10h, no campo do Corintinha

IMG 0434
Bryan carrega a história de quem virou “do bairro”. (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

Campinas, SP, 06, (AFI) – A relação de Bryan com o COFA Base transcende o campo. Ele nem mora no Costa e Silva, bairro que dá nome ao clube, mas não esconde o sentimento de pertencimento. “Desde a primeira vez que vesti a camisa, vi que era diferente. Já virei do bairro, já virei COFA no sangue”, crava.

São quatro anos defendendo a equipe, com duas conquistas da Liga Campineira no currículo, além de outras taças importantes, como a Paulista Cup e a Taça das Favelas. Aos 17 anos, Bryan não só coleciona títulos, mas também histórias de superação e identificação. “É inesquecível. Eu chego em qualquer lugar e não tem como não falar do COFA”, conta com orgulho.

MULTICAMPEÃO NA VÁRZEA

Além de brilhar como atleta, Bryan também começa a construir uma trajetória como treinador. Recentemente, levantou troféus na Copa Jambeiro e na Taça das Favelas atuando à beira do gramado. “Conciliar é difícil, né? Muitas vezes a gente quer entrar dentro de campo, fazer um lance que talvez, se eu estivesse ali, daria certo. Mas é uma sensação única que só quem joga futebol e é técnico sabe como é”, explica, revelando a paixão que o move em todas as frentes.

A maturidade precoce é um dos traços que impressionam. “Com 17 anos, disputando mais uma final de sub-20… é muito gratificante. Eu sou abençoado demais pra reclamar”, reflete.

FORÇA DO GRUPO

Na semifinal, o COFA derrubou um dos grandes favoritos: o Parque Brasília. Antes da bola rolar, muita gente já apostava na classificação do adversário, mas dentro do vestiário do COFA, o clima era outro. “A gente era desacreditado pelo povo, mas entre a gente, a união sempre foi muito forte. Esse era o jogo que eu mais queria jogar”, lembra Bryan.

E ele fez questão de deixar sua marca: logo no primeiro lance, balançou as redes e abriu o caminho para a vitória por 3 a 0. “Futebol é jogado, claro que tem os preferidos, mas é 11 contra 11. Só quem está dentro de campo sabe como vai ditar o ritmo do jogo”, sentencia, com a autoridade de quem entende como poucos os bastidores das grandes decisões.

FOCO TOTAL

O desafio agora é diante do Vila Boa Vista, que também surpreendeu ao eliminar o Brahmeiros, dono da melhor campanha. A decisão está marcada para o dia 8 de junho, às 10h da manhã, no campo do Corintinha.

Bryan sabe que o adversário merece respeito, mas a confiança no COFA é inabalável. “Sabemos que a equipe do Boa Vista tem molecada qualificada, senão eles não estariam na final. Eles derrubaram um gigante também, que foi o Brahmeiros. Mas eu confio mais no COFA. Não tem muito o que falar no time deles, eles têm que se preocupar com a gente”, dispara, já em clima de decisão.

A expectativa é clara e inegociável: “Ser campeão, fazer uma boa partida, independente se começar jogando ou não.”

Bryan e o COFA Base estão prontos para, mais uma vez, desafiar as previsões e, quem sabe, escrever mais um capítulo vitorioso na história do bairro e do futebol de base de Campinas.

Confira também: